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Ar Fresco

sexta-feira, setembro 16, 2005

A morte dos políticos...

Pela primeira vez, estou francamente desiludido com a política.

Eu sei que já tivemos governos maus, anteriormente; oposições fraquíssimas, graves crises económicas, políticos sem carisma, sem vontade, sem qualidade. Mas agora chegámos a um ponto, onde, pela primeira vez, não tenho esperança; não vislumbro alternativas.

Passo a explicar: após o flops do governos que mais esperança trouxeram, no século XX, o segundo do Prof. Cavaco e o primeiro do Eng. Guterres, nunca mais houve qualquer governo que criasse expectativas e o resultado disso é a sucessiva interrupção dos mandatos.

Após Durão, veio Santana e de seguida Sócrates. Com este último sinto-me enganado. Quase cheguei a acreditar nele. E agora não há esperança, quer à esquerda, quer à direita. A profissionalização dos políticos trouxe a morte aos mesmos, metaforicamente, claro.

Santana e Sócrates são políticos profissionais. Não têm conhecimento do mundo real, apenas se apercebem do que os rodeia pelo ponto de vista do político, sejam governo ou oposição. Hoje, só se chega a cargos verdadeiramente importantes e executivos, se se tiver nascido e criado dentro das "jotinhas" repugnantes. E das jotinhas se vá crescendo até chegar a deputado ou algo melhor. [voltarei às jotas num post próximo]

Vejam-se os candidatos às câmaras municipais e à Presidência da República, são os mesmos velhos (nomes, leia-se) e repetitivos. Não há sangue novo e o novo sangue que há é arrivista, não tem qualidade não discute problemas, nem soluções, não apresenta ideias. Apenas acusa, ofende e ironiza (mal).

Vejam-se os últimos debates, vejam-se as últimas entrevistas: são vazias, desprovidas de interesse e, actualmente, viradas para os comentadores políticos, para os colegas da política e não para os cidadãos. No outro extremo está o populismo, as promessas de infra-estruturas banais, o discurso em altos décibeis, sem substância.

Os políticos com carisma, que levavam com eles as multidões, os cidadãos, que entusiamavam, onde estão! Hoje já não há políticos, pois os políticos faziam política:

do Gr. politiké
s. f.,
ciência do governo das nações;
arte de dirigir as relações entre os Estados;
princípios que orientam a atitude administrativa de um governo;
conjunto de objectivos que servem de base à planificação de uma ou mais actividades
; [in site da Priberam]

estes já não existem e os que havia "morreram".

3 Comments:

  • o k ker dizer arrivista?

    By Blogger T04, 1998, at 9:47 da manhã  

  • Do fr. arriviste

    1 - "Pessoa que procura conquistar rapidamente e de forma pouco escrupulosa um lugar de destaque na sociedade, a que não teria acesso por mérito próprio"

    2 - "Que procura conquistar rapidamente um lugar destacado em determinado grupo social, aproveitando qualquer circunstância que lhe possa ser favorável"

    In Dicionário de Língua Portuguesa Contemporânea da Academia de Ciências de Lisboa.

    By Blogger TA, at 10:21 da manhã  

  • Obrigada!!!Ficámos esclarecidos!


    Ass: economistas que tiveram português B

    By Blogger T04, 1998, at 10:44 da manhã  

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